quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

DN, Quarta, 7 de Janeiro de 2009 : sobre a morte do jovem KUKU

Família garante que o jovem não tinha armas LICÍNIO LIMA
Amadora. Edson Sanches morreu no domingo com um tiro de um polícia Inspecção-Geral da Administração Interna e PJ investigam o caso "Todos dizem que Kuku não tinha armas", garante, em declarações ao DN, Rafaela, amiga do jovem que faleceu no domingo à noite baleado na cabeça por um elemento da PSP. O incidente registou-se após uma perseguição policial em automóvel, perpetrada por agentes da investigação criminal da Amadora, à civil, a qual terminou junto à residência da vítima, na Quinta da Lajes, freguesia da Falagueira, Amadora. O funeral realiza-se no sábado. A Polícia Judiciária (PJ) está a investigar para apurar se o autor do disparo letal agiu em legítima defesa, devendo abandonar a tese do homicídio por negligência. A Inspecção- -Geral da Administração Interna (IGAI) está também a averiguar se, naquela ocorrência, o agente, que entretanto meteu baixa por questões psicológicas, cumpriu todas as regras de segurança. Kuku, de nome verdadeiro Edson Sanches, tinha 14 anos, mas os seus antecedentes criminas eram já bem "adultos". No cadastro constam quatro detenções por furtos de veículos em 2007, e, o ano passado, três detenções por furtos a estabelecimentos, veículos e um roubo violento na via pública. O outro jovem que com ele seguia e que acabou detido, Michel Mendes, tinha 19 anos e igualmente um vasto currículo criminal - já tinha sido detido em Março por furto no interior de um automóvel, e, em Abril, por furto em residência por escalonamento. Os outros três jovens que também seguiam na viatura perseguida conseguiram fugir. A PSP esclareceu ontem que o agente disparou sobre Edson após ter sido ameaçado com uma arma de 6.35 mm, a qual foi depois encontrada no solo e apreendida pela PJ. A arma do agente foi também apreendida para análise pericial.

1 comentário:

MJTovar disse...

esta notícia é tendenciosa
classificar os antecedentes criminosos de "bem adultos" não faz de um adolescente de 14 anos um adulto. Este atributo está aqui para nos induzir a pensar que de facto não foi uma criança que o polícia matou... uma vez que fazia crimes »"adultos". Não se enganem: sim, foi uma criança que foi morta...

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