domingo, 15 de agosto de 2010

TERRA LIVRE: O Fogo Varreu o Pico do Areeiro (Madeira) - 2

TERRA LIVRE: O Fogo Varreu o Pico do Areeiro (Madeira) - 2: "Domingo, 15 de Agosto de 2010 O Fogo Varreu o Pico do Areeiro (Madeira) - 2 Caros Amigos / Caríssimas Amigas, Quando vos enviei a anterior mensagem ainda tinha alguma esperança de que o fogo não devorasse o Campo de Educação Ambiental do Cabeço da Lenha, edificado com enorme esforço pelos voluntários da Associação dos Amigos do Parque Ecológico do Funchal. Infelizmente entre as 02 e as 04 da manhã o lume arrasou quase tudo. A casa foi destruída. Muitos milhares de pequenas plantas desapareceram completamente. Do vasto manto de urzes e uveiras-da-serra apenas restam os esqueletos negros entre os blocos de basalto. As borboletas e os pássaros esvoaçam desorientados naquela paisagem onde esta manhã pairava um silêncio de morte. No Pico do Areeiro, onde estava a ser criado um oásis de vegetação indígena, menos de 10% das plantas resistiram à passagem do lume. Mas a catástrofe ecológica teve proporções muito mais amplas. O lume tem vagueado por toda a cordilheira central. Do Pico do Areeiro ao Pico Ruivo, a biodiversidade foi profundamente afectada. O melhor núcleo de vegetação de altitude foi literalmente arrasado. Uma pequena população de sorveira (Sorbus maderensis) desapareceu. Desta espécie endémica apenas sobreviveu na Natureza uma árvore na Bica da Cana, no planalto do Paul da Serra. Importantes áreas de Laurissilva na Fajã da Nogueira e na bacia hidrográfica da Ribeira Seca do Faial também estão a ser molestadas pelo fogo. Enorme delapidação da biodiversidade e um monstruoso caos de blocos à espera das próximas chuvas para correr encosta abaixo, são marcas do perigoso deserto que agora ocupa uma grande parte da cordilheira central. Nestes momentos de profunda dor temos de ganhar forças para recomeçar o difícil e moroso trabalho de recuperação do coberto vegetal das montanhas, que neste momento mais parecem campos bombardeados (Fotos 1 a 20). Saudações ecológicas, Raimundo Quintal Publicada por eco em 05:31 Etiquetas: madeira, Raimundo Quintal – Enviado através da Barra de ferramentas do Google"

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